Um problema maior do que o Turnover
Toda semana, temos uma edição com conteúdos escritos e curados por Sylvestre Mergulhão, Karine Silveira e Rafael Miranda sobre Inovação, Liderança, Transformação Digital e Business Agility. Nessa semana, confira este artigo do nosso CRO Rafael Miranda.
Você sabe que problema consegue ser mais complicado que a taxa de Turnover?
Líderes ruins.
Na semana passada, lá no Twitter, comecei a lançar luz sobre as consequências de termos líderes ruins nas nossas organizações.
De acordo com as projeções atuais da McKinsey e da Organização Mundial do Trabalho, até 2030 teremos mais de 400 milhões de pessoas gestoras no mundo. Todas ocupando uma posição de liderança numa organização.
E essa é uma estimativa conservadora.
Ou seja: serão muitas e muitas diretorias, gerências, coordenações e supervisões nas organizações, tomando decisões diariamente.
O problema é que a maioria esmagadora dessas pessoas fará um péssimo trabalho. E não sou eu quem está falando. Todos os dados mostram isso.
Ano após ano, inúmeros estudos apontam que até 80% dos funcionários pensam em pedir demissão por causa da sua liderança imediata. A Korn Ferry, por exemplo, observou que a principal causa do stress no trabalho é “o meu chefe”. Já num estudo com 400 mil pessoas identificou-se a relação entre “o chefe” com doenças do coração. E em outro estudo, com depressão clínica!
Líderes ruins não só fazem as organizações perderem seus talentos. Eles também adoecem as pessoas!
Não é surpresa o estudo seminal da Gallup, que revela que apenas 15% dos colaboradores estão engajados nas empresas em que trabalham. Basicamente, as pessoas entram por causa da empresa e saem por causa da sua liderança imediata.
Acabamos de vivenciar a “Great Resignation”, onde centenas de milhões de pessoas pediram demissão dos seus empregos pelo mundo no pós-pandemia. E, como as operações precisam continuar rodando, sem alternativa colocamos lideranças inexperientes para assumir o lugar das que saem.
Qual a consequência disso?
Mais perda de talentos.
É preciso frear esse ciclo vicioso, agindo na causa raiz do problema. Precisamos formar bons líderes!
Líderes que gerem resultados diferenciados e formem times de alta performance. Que gerenciem com eficácia, de forma previsível e sustentável.
Líderes que não adoeçam a si mesmos ou seus times.
Você sabia que organizações que possuem líderes de alta qualidade têm até 13x (!) mais chances de ultrapassar concorrentes em resultados financeiros? E que, além disso, têm até 3x mais retenção e engajamento de seus talentos?
Ou seja: formar bons líderes gera um alto impacto na empresa e nas pessoas.
Se você quiser interagir diretamente comigo sobre esse assunto e em como podemos mudar esse cenário, me segue lá no Twitter pois agora escrevo diariamente lá sobre como liderar com alta performance, sem burnout.
Até a próxima!
The Dropout (TV Mini Series 2022) – IMDb — www.imdb.com
É uma série lançada recentemente no Star+, que conta a historia de Elizabeth Holmes, fundadora da Theranos. Super recomendo, pois mostra o quanto pequenas decisões ruins podem acumular e gerar uma bola de neve de grandes decisões ruins, que uma liderança pode tomar.
5 Easy Ways to Practice Active Listening — thefutureorganization.com
Nesse artigo super rápido e direto ao ponto, Jacob Morgan enumera 5 formas de você praticar a escuta ativa, elemento mais que fundamental entre lideranças de alto impacto.
What other CEOs can learn from Elon Musk’s aggressive, unorthodox Twitter takeover — www.businessinsider.com
Artigo extenso e bastante profundo, analisando inúmeras das características de liderança do Elon Musk. Independente de você gostar ou não dele, o artigo traz diversos aprendizados interessantes sobre gestão.
“A empatia é fundamental para a escuta ativa. Coloque-se no lugar da outra pessoa para ver as coisas da perspectiva dela enquanto ela fala. Não traga nenhum julgamento pessoal para a conversa.”
Jacob Morgan