Reequilibrando o caos que veio com o Burnout
Toda semana, temos uma edição com conteúdos escritos e curados por Sylvestre Mergulhão, Karine Silveira e Rafael Miranda sobre Inovação, Liderança, Transformação Digital e Business Agility. Nesta semana, temos este artigo da nossa COO Karine (Kari) Silveira. Confira:
Ano passado não escapei e fui diagnosticada com Ansiedade Generalizada e Depressão, Burnout. Lembro que escrevi para a News da Impulso, talvez um dos meus textos mais difíceis. Este aqui:
A minha corda rompeu, e agora?
Hoje, quero contar para você um pouco da minha jornada, que costumo dizer que é só minha (cada um tem a sua), mas que pode te trazer alguns insights ou reflexões.
Nos últimos 7 ou 8 meses, consegui os maiores avanços, mas não avancei tudo.
Li muitas coisas sobre Burnout, mas a mais importante, para mim, é que a maior parte das pessoas diagnosticadas são aquelas apaixonadas pelo que fazem, altamente comprometidas com resultados, que não sabem dizer NÃO e estão em um ambiente propício.
Essa sou eu e saber de tudo isso me ajudou a sentir menos culpa em cada uma das decisões que tomei nos últimos meses. Antes de te contar o que fiz, quero falar sobre “ambiente propício”, geralmente, vinculado a empresas com culturas não muito legais, lideranças despreparadas, microgerenciamento das pessoas, etc.
Esse não é o meu ambiente. A Impulso tem um ambiente propício para:
- fazer coisas novas;
- experimentarmos ideias;
- assumirmos novas jornadas;
- colaborarmos com outros times;
- trabalharmos com pessoas maravilhosas;
- aprendermos uma coisa nova todos os dias;
- fazermos partes de grupos de leitura e estudo;
- participarmos colaborativamente das decisões;
- crescermos pessoalmente e profissionalmente.
E eu amo tudo isso, o que deixou tudo mais difícil.
Sim, é preciso reconhecer que as pessoas que amam o que fazem são aquelas com mais dificuldade de encontrar o ponto certo do equilíbrio.
Além do mais, a minha posição de sócia e de Diretora colocam mais atribuições ao meu dia.
Passei a minha vida ensinando às minhas pessoas a equilibrarem o caos da agenda mas, sem perceber, esqueci de fazer isso comigo. É um movimento quase inconsciente e eu entrei em um processo de esgotamento mental, físico e culpa.
Sem ajuda não dá para sair deste cenário. Os meus sócios e meus times estão sendo cruciais no meu processo.
O que mudei para melhorar:
- organizei minha rotina para fazer pelo menos 4 dias de atividades físicas;
- aprendi a delegar mais e hoje o time me aciona de forma mais consultiva;
- transferi minha energia para mentorear as lideranças das minhas áreas;
- limitei minha agenda a 3 reuniões por dia mas, claro, que alguns acabam acontecendo mais;
- tento ter um dia da semana sem reuniões para deepwork;
- junto com meus times, criamos estratégias de reports e análises assíncronas;
- passei a produzir mais conteúdos e participar de mais talks e lives (Amo ❤️);
- descobri que livros e pintura são as minhas maiores terapias;
- não tenho culpa de parar para descansar, sempre que preciso.
Aprendi que serei ansiosa a vida inteira e terei que viver escutando melhor o meu corpo.
Mas, principalmente, descobri que, quando as pessoas ao nosso redor são um time de verdade, se conhecem, confiam umas nas outras, podemos ser vulneráveis e juntas encontrarmos um caminho poderoso de escuta, acolhimento e melhoria contínua.
Alta performance e resultados acima da média, sem burnout. É possível? — www.getrevue.co
O Rafael Miranda, CRO da Impulso, toda segunda-feira, envia uma ação concreta para os assinantes da sua Newsletter Liderança de Alto Impacto, colocarem em prática com seus times. E, diariamente, apresenta dicas para ajudar lideranças a alcançarem a alta performance, de forma sustentável e livre de burnout, no seu perfil do Twitter. Super indico o seu conteúdo.
Seu trabalho parece estar mais exaustivo? Saiba como proteger sua energia — hbr.org
Mesmo se você ama seu trabalho e seu time, é essencial encontrar maneiras de proteger sua energia e saúde mental. Este artigo traz conselhos que podem te ajudar, dentre eles estão: Considere o “não implícito”, Pese a urgência das tarefas, Faça do autocuidado uma rotina e muito mais. Confira!
Um problema mais perigoso que o burnout — forbes.com.br
“O tédio crônico no trabalho pode causar depressão, ansiedade, estresse, insônia, maior rotatividade e ser mais perigoso que o burnout”, é que esta recente pesquisa da McKinsey revela. A síndrome de boreout é um distúrbio psicológico que afeta a muitos profissionais que não se sentem valorizados e/ou desenvolvidos em seu ambiente de trabalho. Este artigo da Forbes aponta 5 maneiras de combater este problema tão sério. Vale a leitura!
“Pensando bem:
Respeita o ritmo.
O teu e o dos outros.
Estamos todos a aprender”.
– Manuel Clemente