Conectando Pontos: reflexões sobre uma carreira de professora e empreendedora
Toda semana, temos uma edição com conteúdos escritos e curados por Sylvestre Mergulhão, Karine Silveira e Rafael Miranda sobre Inovação, Liderança, Transformação Digital e Business Agility. Nessa semana, confira este artigo da nossa COO Karine (Kari) Silveira.
De formação, sou Doutora em Linguística, uma eterna apaixonada por Noam Chomsky e seus princípios minimalistas e matemáticos de estruturação da nossa gramática inata. Na Universidade caminhei quase todos os passos que envolviam a docência e a gestão.
Mas lá pelos meus 40 anos, comecei a questionar:
Agora que eu estou chegando quase à metade da minha vida, o que vou fazer com a outra metade? Como eu usufruirei dos meus próximos anos?
Outras paixões – Métodos Ágeis, Processos e Pessoas – me trouxeram para onde estou.
Sete anos após minha transição de carreira, sempre estou conectando a Kari professora e a empresária. Por pura coincidência, lendo A Regra é Não Ter Regras: A Netflix e a Cultura da Reinvenção, me deparei com uma frase de Steve Jobs que sempre me inspirou:
“Não dá para ligar os pontos olhando para a frente; você só consegue ligá-los olhando para trás. Precisa confiar que eles vão se conectar de algum modo no seu futuro. Você precisa confiar em algo — intuição, destino, vida, carma, o que for. Essa abordagem nunca me decepcionou e fez toda a diferença na minha vida.”
Em termos de estudo e dedicação, nada deixamos para trás, tudo pode ser aproveitado, reorganizado e servir de base para novos aprendizados, habilidades, projetos e oportunidades.
Mas o que eu trouxe de intrínseco da professora?
Empreender é ser responsável por pessoas. Se a empresa não bate a meta, o sustento das famílias fica em jogo. Isso sempre me marcou muito! Tenho preocupação com o sucesso de todos que estão próximos a mim, desde que era professora.
À medida que fui amadurecendo, me tornei menos rígida e mais preocupada em encantar e despertar a vontade de progredir, mesmo que isso não significasse boas notas no começo. E isso eu, com certeza, trouxe para a empreendedora: foco em fazer as pessoas entenderem que seu engajamento e progresso são parte importante no processo.
“Kari, trabalhando com você, eu evoluí como profissional, como mulher e como pessoa.”
Ouvi isso em uma das minhas conversas one on one. Para uma mulher, mãe, empresária, gestora e eterna professora, esse é o melhor feedback que eu poderia ouvir. ❤️ E eu não saberia disso se não adotasse estratégias específicas para analisar a motivação, engajamento e evolução das minhas pessoas:
- One on One a cada 45 dias
- Nosso C.H.A (Competências, Habilidades e Atitudes)
- Tardes de treinamento
- Sessões individuais de mentoria
- Feedbacks rápidos, concretos e completos
- E os Happy Hours!
É uma mega trabalheira, mas que precisa caber nas nossas agendas infinitas e descontroladas, ⌛️ porque, além de construir um ambiente com pessoas motivadas e que geram resultado, temos a oportunidade de conhecer e mudar a vida das pessoas, de marcá-las de um jeito que é só nosso.
Como professora, deixei um pouco de mim nos meus alunos e tenho um pouco deles em mim. Esse continua sendo o meu propósito.
Livro “Obrigado pelo feedback” — www.amazon.com.br
De maneira bem-humorada e lúcida, os autores desse livro ensinam a aceitar com interesse e leveza a enxurrada de comentários, avaliações e conselhos não solicitados e nos ajudam a aprender efetivamente – não só com um instrutor afetuoso ou um mentor adorado, mas com qualquer pessoa.
A coragem para liderar: Trabalho duro, conversas difíceis, corações plenos — www.amazon.com.br
Brené Brown é um super fenômeno de visualizações em seus famosos TEDs. Em “A coragem para liderar”, a autora traz pesquisas, histórias e exemplos reais para responder no que nós, humanos, somos capazes de superar a eficiência e produtividade das máquinas e da inteligência artificial.
A Regra é Não Ter Regras: A Netflix e a Cultura da Reinvenção — www.amazon.com.br
O cofundador, presidente e CEO da Netflix Reed Hastings se une neste livro à especialista no mundo dos negócios Erin Meyer para falar pela primeira vez sobre a cultura que transformou a marca da empresa em um exemplo inigualável de criatividade e adaptação.
Eu olho no espelho todas as manhãs e me pergunto: Se hoje fosse o último dia da minha vida, eu iria querer fazer o que estou prestes a fazer hoje? E sempre que a resposta for não por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa.
Steve Jobs